Esta casa não tem semelhantes.
Não é de propósito , não é montado, não é intencional.
LAT: 39° 0’17.26″N / LONG: °33’26.29″O
História
Desde o momento em que foi construída até hoje, a Herdade da Agolada de Cima manteve-se sempre na mesma família. A menos de uma hora de Lisboa, onde o Alentejo acaba e o Ribatejo começa, a Agolada é um lugar cheio de energia e vida, por onde muitos já passaram e aproveitaram.
Nos princípio do século XX, Luís Adolfo de Sommer construíu a Casa Grande do Monte para dar apoio à casa agrícola e apoio para os dias de caça. Nos anos 60 a casa é remodelada pelo pai do proprietário atual, D. António Maria Sommer de Mello, 6º Conde de Murça. Depois da morte do mesmo em 1995, a Agolada de Cima é dividida em três partes que ficam a pertencer a três dos seus filhos, um deles que começou a realizar eventos na casa principal em 2002.
“Esta casa não tem semelhantes. Não é de propósito, não é montado, não é intencional. É a vida presente, são os anos que passaram, é a alma que lhe resta, que ficou, que está de pedra e cal.”
Gui Abreu Lima
in Blue Living Nº 17
Natureza
A facilidade de acesso até à Agolada e a Coruche, desde qualquer sítio onde se esteja em Portugal
Estradas que se cruzam e ligam capitais: a de Portugal – Lisboa; a do Ribatejo – Santarém e a do Alentejo– Évora.
Coruche é a Capital Mundial da Cortiça de onde se extrai 8% da cortiça nacional, 5 milhões de rolhas de cortiça de produção diária. Cerca de 50% do concelho de Coruche é floresta, um misto entre sobreiros e pinheiros manso; Existe uma enorme produção de excelência quer pelos produtos gerados: a madeira, a cortiça e o pinhão de qualidade e valor económico, quer pela riqueza da fauna e da flora mas também pelo elevado contributo ambiental e valor ecológico combinado.
Rodeada pelos 1000 hectares de terra, a forte energia da casa conta a história de anos passados com coração e alma. Um lugar de intimidade e natureza intemporal, onde o espírito autêntico português vive e respira sem limitações. O movimento da terra, das árvores, o ritmo da vida que a ela lhe pertence, a esta terra única com terreno plano onde o vento se movimenta sem limites, as árvores dançam dia e noite e a água dá vida a tudo a que toca.
Coruche marca o limite a sul da região do Ribatejo, no mais extenso concelho do distrito de Santarém e o décimo maior de Portugal.
A Herdade
Ao chegar, imagine-se a viver há 100 anos atrás:Esta casa é a vida presente , são os anos que passaram, é a alma que lhe resta, que ficou , que está de pedra e cal, por ora e oxalá ela perdure um pouco mais assim. Os longos corredores, paredes grossas, chão de pedra e portas de madeira fazem parte de uma enorme casa principal, com capacidade para dormirem 22 pessoas em 11 quartos duplos.
A sala de jantar e de estar são acolhedoras e estão sempre prontas a receber os nossos convidados da melhor forma, seja no inverno com as enormes lareiras acesas ou no verão com uma sensação de frescura pelas paredes grossas que nos protegem do calor.
Vistas desafogadas para o verde, natureza evasiva entre as árvores, jardins e agua, assim é a Herdade da Agolada, com salas de leitura e biblioteca, recantos à lareira. Ainda na casa principal, existe uma enorme cozinha industrial pronta a receber excelentes chefs e a preparar refeições para um grande número de pessoas, assim como a sala das arcadas, onde sentam mais de 200 pessoas.
Ao redor da casa principal, estão as casas do monte da Agolada. Aqui viviam os caseiros e grande parte dos trabalhadores da HAC, hoje são pequenas casas individuais, onde dormem ao todo 80 pessoas.
Em 2002 contruiu-se a tenda, entre a casa principal e o lago, por debaixo dos eucaliptos envolvendo-a de vegetação dando a sensação de que faz assim parte da natureza selvagem da zona. Aqui sentam-se até 300 pessoas, dá-se chão à pista de dança e um apoio aos dias de chuva e frio.
As casas são rústicas, despretensiosas, e decoradas com elementos da Herdade que por lá estão desde sempre, recuperados, enfeitam agora os cantos das várias casas, que durante os anos foram tendo vários usos.
Com 1000 hectares de terra, é o local perfeito para aqueles que anseiam por uma sensação de liberdade e espaços abertos frescos para celebrar e mergulhar totalmente no coração da natureza. Um paraíso para amigos, familiares e crianças com lugares para explorar, jardins únicos e arquitetura típica exemplar. Piscina, lagos, barragens, caminhos sem fim por explorar, há muito por descobrir e aproveitar.
Imagine-se a viver há 100 anos atrás
Esta casa é a vida presente, são os anos que passaram,
é a alma que lhe resta, que ficou, que está de pedra e cal,
por ora e oxalá ela perdure um pouco mais assim
Propósito
“Mudam-se os tempos, mudam-se os negócios”, a Herdade da Agolada de Cima na viragem de milénio alterou também a sua área de negócio, assim deixou de ser uma herdade predominantemente agrícola para se tornar num espaço para cerimónias de casamentos e festas empresariais.
Olhamos para o futuro como uma oportunidade para nos aproximarmos da natureza e de nós próprios, para olharmos para o que realmente importa, dar-nos tempo e espaço, tranquilidade e paz.
Desde cerimónias religiosas, eventos de música, fins de semana de amigos, cerimónias espirituais, retiros de wellness, exposições e até campos de férias, a flexibilidade do espaço e a capacidade de nos adequarmos a cada pedido, a Agolada é um espaço para aproveitar, para dar e receber, um lugar onde todos os elementos se reúnem e fazem de cenário para cada espetáculo que por ali passe.
O que estão a dizer sobre nós
Não é fácil descrever. Nem eu nem o António conseguimos relatar e mostrar esta casa da Agolada. Não sei de história nenhuma, sei que a casa é de início do século XX, que teve obras nas anos sessenta, que onde acomoda quem chega tem quartos seguidos uns dos outros, uns poucos , lareiras várias nas salas e em sítios de passagem, casa de banho que nos deixam de olhos pendurados nos azulejos, varandas sobre o relvado, plátanos a toda a volta, uma piscina antiga e um par de cães a quem tanto se lhes dá como se lhes deu que haja estranhos por ali – porque gostam mesmo de toda a gente ou já estão habituados – e um sótão cheio de camas de ferro que é uma coisa de outro mundo, das crianças, mas, por mim, morria ali em dias de tempestade…não sei senhores que lhes diga…
Gui Abreu Lima